segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Quadrinhas lacunadas Troca rimas

As quadrinhas populares constituem um gênero oral da tradição, muito recorrente também em brincadeiras diversas. 

A quadra é uma poesia de forma fixa que compõe-se de quatro versos (daí quadra) e com rima obrigatória geralmente entre o segundo e o quarto verso. A métrica é o verso de sete sílabas, ou seja, a redondilha maior. A contagem de sílabas poéticas, ou sílabas métricas, no entanto, não é igual à contagem de sílabas escolares, relacionadas à escrita. Trata-se de uma contagem que tem relação com o ritmo, uma escansão pela contagem dos sons dos versos até a última sílaba tônica. Além de ser uma forma poética em si mesma, a quadrinha também é uma estrutura que pode estar presente em vários outros gêneros, como cantigas, parlendas, canções, poemas, adivinhas (as quadras-adivinhas).

As rimas entre palavras são apreciadas pelas crianças desde cedo. As sonoridades dos textos poéticos, e no nosso caso, das rimas constituem, ao mesmo tempo, em matéria da poesia e em matéria da alfabetização. A rima é um recurso poético, mas também de uma unidade fonológica. Na poesia, a rima é jogo de sonoridade que traz graça e musicalidade ao texto, e na alfabetização, é uma unidade fonológica global que contribui para chamar a atenção para a dimensão sonora da língua, e tudo isso brincando e refletindo sobre a oralidade e sobre as palavras escritas, na continuidade das práticas brincantes.

Como toda abordagem da tradição oral na alfabetização, é fundamental explorar as quadrinhas oralmente, memorizar algumas, brincar com elas, para refletir sobre as rimas na alfabetização. Assim, trata-se de refletir sobre aspectos fonológicos e notacionais da escrita na continuidade da exploração lúdica e da fruição dos textos poéticos. Podemos brincar oralmente, e depois por escrito, de encontrar novas quadrinhas substituindo os pares que rimam. Vamos ver um exemplo?

Eu sou pequenininha 
Do tamanho de um botão 
Carrego papai no bolso
E mamãe no coração.

Depois de algumas quadrinhas serem conhecidas, o professor fala as quadrinhas (é bom que saiba umas de memória) trocando a última palavra do segundo verso, para que as crianças encontrem outra que rime com essa, no quarto verso. Ora, para fazê-lo, precisarão produzir palavras rimadas. É um jogo de consciência fonológica (produção de rimas), mas também para dar risada, pois as quadrinhas formadas com novas palavras muitas vezes trazem graça, especialmente quando o sentido fica engraçado, nonsense, surreal. Vamos à quadrinha:

Eu sou pequenininha 
Do tamanho de um DEDAL 
Carrego papai no bolso
E mamãe no _________ 

As crianças podem dizer: AVENTAL, MILHARAL, BORNAL, VARAL...Podem dizer coisas engraçadas também, como NATAL, LAMAÇAL...que fazem graça com o sentido. Além da consciência de rimas, trabalha-se aí a consciência sintática e semântica, pois explora-se, respectivamente, tanto a habilidade de manipulação da estrutura das frases e a consciência gradual da unidade palavra, quanto o sentido (que inclui a graça do nonsense) das palavras. Claro que dependendo do nível do grupo em relação à consciência de rimas, ou à familiaridade com a reflexão sobre o segmento final das palavras, as crianças podem sugerir palavras que não rimam, e aí, cabe ir mostrando as rimas, para que se apropriem dessa habilidade. Identificar e produzir rimas, pareando as palavras por suas semelhanças sonoras são situações de consciência fonológica de rimas.

Dependendo do grupo, das possibilidades das crianças, podemos até mesmo explorar a noção intuitiva da métrica, pois para o ritmo dos versos, talvez sintam falta de algo a mais (mais uma sílaba poética, para ficarem 7). É o caso de BORNAL e VARAL, NATAL, que pede mais uma sílaba, e que pode ficar assim: “MEU BORNAL”, MEU VARAL”, "LÁ EM NATAL", com "LÁ NO" no lugar de apenas "NO".

Para fazer a atividade por escrito, as crianças observam não apenas os sons finais das palavras, mas seu registro escrito, apoiando a reflexão sonora, já que a escrita permite uma materialização das semelhanças entre segmentos, ampliando a consciência fonológica. Numa atividade de quadrinha lacunada, pode-se misturar no banco de palavras palavras rimadas e não rimadas, para escolherem as que podem caber no texto. De preferência, usar palavras mantendo a métrica: SACOLÃO, CELULAR, LÁ NO ALTAR, CACHECOL...

O kit de quadrinhas Troca-rimas, que vou apresentar aqui, traz, justamente, esse tipo de proposta. E é para usar apenas depois de brincar muito, na oralidade, de trocar os pares de palavras que rimas em quadrinhas diversas já memorizadas. Brinquei muito disso com meu filho, com meus alunos e alunas, até que me veio a ideia de fazer um kit, para brincar também em presença da escrita.

A consciência fonológica sem presença da escrita, na continuidade das brincadeiras com as quadrinhas, é uma fase muito importante, mas, a depender do contexto, é também fundamental trazer a reflexão para um nível mais explícito, consciente, deliberado, sistematizado, ainda na oralidade e também articulado à escrita. Observar oralmente todas as semelhanças sonoras que cabem como rima e as que não, já é uma análise oral mais refinada. Listar por escrito todas as rimas que encontrarem, por exemplo, já trás para a reflexão por escrito. A consciência fonológica de rimas (como de qualquer unidade, principalmente os fonemas) se amplia quando confrontamos as unidades fonológicas observadas com suas formas gráficas, como já discutido.

No planejamento de situações de apropriação da escrita, é preciso provocar a reflexão deliberada, consciente e explícita – oralmente e, principalmente, em presença da escrita, aproveitando, desde a Educação Infantil, a disposição lúdica das crianças em relação às sonoridades da língua. Observar a semelhança sonora de dedal, avental, milharal, varal, oralmente, identificando que a semelhança é no segmento final das palavras, e que essa semelhança sonora implica também em semelhança gráfica, no final dessas palavras grafadas, favorece o estabelecimento da relação entre pauta sonora e gráfica e a apropriação gradativa dos valores sonoros das letras - aspectos essenciais na alfabetização inicial.

O kit de quadrinhas lacunadas chamada Troca Rimas apresenta seis quadrinhas, mas pode ter muito mais. É só um kit inicial. As palavras em laranja no kit abaixo são as do texto original, e as pretas, novos pares. Ampliar o kit com palavras sugeridas pelas crianças é bem bacana também.


O material serve para brincar só de quadrinhas originais lacunadas ou de inventar novas rimas para as quadrinhas. Pode brincar com o material coletivamente na sala, todos opinando sobre as palavras que cabem nas quadrinhas, reconhecendo palavras, encontrando as palavras rimadas, comparando sua grafia final semelhante, associando-as aos textos. Pode também dar as quadrinhas a uma mesa com 4 ou mais crianças para elas montarem a original e depois as inventadas, enquanto outras jogam outros jogos, ou fazer quadrinhas suficientes para as várias mesas ter seu kit ou mesmo ampliar o número de quadrinhas. Caso necessário, pode dar somente os pares correspondentes, próprios à quadrinha entregue, para colocarem no lugar certo do texto. Pode também já dar montada originalmente, e pedir só para encontrarem os pares que podem encaixar e colocá-los em cima das palavras laranjas (originais). A ideia é, depois achar as palavras que completam a quadrinha original e colocar nos espaços lacunados, encontrar também o outro par que pode caber no texto no lugar do laranja. É importante ir observando como vão descobrindo os pares de palavras e escolhendo os textos em que cabem. Para os que ainda não leem com autonomia, precisam saber a quadrinha de cor ou o professor lê-la para eles, sempre que precisarem. Mas é preciso que eles mesmo tentem explorar os pares de palavras, ao menos encontrando as de grafia semelhante, mesmo que o professor precise, depois ler  também as palavras.

A situação que o material propõe é de reflexão sobre rimas – consciência fonológica de rimas, em presença do escrito. Brincando oralmente é de produção de rimas e brincando com o kit, de reconhecimento de palavras rimadas, ajustando o oral ao escrito e identificando grafias semelhantes. Também demanda a compreensão do texto, para que ao mesmo tempo que se produz situações engraçadas, como “te dou o meu pescoço”, em vez de “te dou meu coração” – que já garante risadas – também exige que busquem algum sentido, alguma coerência no texto, mesmo que a lógica seja um tanto comprometida (dê uma volta no colchão [...] está escrito numa folha de mamão”!). Trata-se aí de brincar também com outras formas de consciência metalinguística, como a consciência sintática e e semântica. Buscar sentido e burlar o sentido implicam, ambos, na consciência semântica. Desse modo, embora cada par de palavra seja pensado para cada quadrinha, considerando esse jogo entre sentido e não-muito-sentido, nada impede que as crianças experimentem usar pares diferentes, criando novos textos engraçados e bem nonsenses. Esses pares foram pensados para essas quadrinhas nesse kit. Mas nada impede de deixar livre para se fazer outros arranjos. Ex.: “Quem me dera ser agora/um cavalinho de caroço/para dar um galopinho/onde está o seu pescoço”... Bacana também é as próprias crianças inventarem outros pares de rimas e elas constarem no material - um material feito a partir das criações da própria turma! Entre tradição, renovação e invenção, a regra é se divertir, refletindo sobre rimas. Com isso, vão, ao mesmo tempo, memorizando as quadrinhas originais.

Para as crianças do grupo que já leem e escrevem com autonomia, para as quais a atividade, embora divertida, não desafia em termos da língua escrita, a atividade pode ser escrever novas quadrinhas com outras rimas engraçadas, ou apenas escrever novos pares de rimas para uma das quadrinhas – anotando todas as possibilidades encontrarem. Depois, podem ler para o grupo, e as que o grupo achar mais bacanas, podem até entrar para o kit de jogos. As crianças adorarão ter suas produções fazendo parte do kit.

É isso, gente! Inventar quadrinhas é muito bacana também! Depois de familiarizadas com o gênero, as crianças poderão experimentar fazer suas próprias quadrinhas.

43 comentários:

  1. Meu comentário consiste em fazer uma comparação entre Quadrinhas e Literatura de Cordel, visto que ambos os gêneros são bastante parecidos, sendo que um apenas constrói uma rima (quadrinha), e a outra conta uma história toda rimada (cordel). Porém ambos têm uma linguagem popular, atrativa para as faixas etárias da educação infantil, além de constituir-se da tradição oral também.
    "Olhe aqui, caro leitor
    A história que vou contar
    De um aluno preguiçoso
    Que não queria estudar
    Desobedecia aos pais
    E vivia a vadiar"
    (Barreto, Cordel, 2005)
    Assim como as parlendas, de tradição oral, geralmente de conteúdo infantil para divertir a garotada, "Batatinha quando nasce
    se esparrama pelo chão,
    Menininha quando dorme
    Põe a mão no coração"
    (autor desconhecido)
    Todas essas ferramentas são importantes na alfabetização e letramento, visto que se trata de ludicidade que ensina. nada melhor do que aprender brincando. Estou ciente que as quadrinhas como jogo pedagógico proporcionará muita alegria aos aprendizes e professores também.
    Fátima Britto - EDCB85

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    1. Oi, Fátima!
      Todos esses gêneros têm semelhanças e diferenças. O cordel é também bacana para os adultos. Como a quadrinha, é uma forma poética de forma fixa, com uma métrica bem estabelecida e também o esquema de rimas. Nisso se parecem muito. O cordel tem esse hibridismo entre oralidade e escrita e tem um autor determinado. A quadrinha tanto pode ser de origem oral quanto ser criação poética da cultura escrita, com autor também determinado. Ou seja, ambas as formas namoram a escrita e a cultura popular.
      Agora, em vez de falar em "autor desconhecido", é mais preciso falar em "domínio público" - essa é marca da tradição oral, a autoria é do povo...(ainda que um dia tivesse tido um autor...) (e mesmo assim, a forma vai mudando com o tempo, o povo vai mudando...).
      A oralidade poética e lúdica é muito potente para a alfabetização, na continuidade das práticas brincantes e da fruição dos textos e suas belezas...

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  2. Utilizar jogos como instrumento facilitador de aprendizagem, é fazer com que o processo de alfabetização se torne prazeroso tanto para o educador como para o educando. Pois, por intermédio do jogo, às crianças criam e recriam um ambiente favorável para o processo de ensino-aprendizagem. No caso das Quadrinhas, além de contar com o auxílio do lúdico, ainda existe outro fator importante que é a rima. Na qual, a criança expande o vocabulário, já que neste caso do kit, ela pode procurar outras palavras com o mesmo som para realizar a substituição. Logo, a criança é submetida a um estímulo - que neste caso é o exemplo - e se sente a vontade para descobrir as infinitas ou finitas - (rs) - possibilidades de rimas, entusiasmando as mesmas a querer buscar, e assim, a construção se dá de maneira 'não tradicional' - quando relacionada aos antigos métodos de alfabetizar e letrar -, porém eficaz.

    EBDC85 - Daniele Lima de Amorim

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    1. Oi, Daniele,
      Com certeza tem esse componente do prazer (mas nem sempre...por vezes ficam chateados de perder nos jogos, por exemplo), mas, além disso, tem o aspecto da reflexão mesmo. O jogo favorece a reflexão, a busca pela resposta de forma autônoma, usar tudo o que sabe para tentar resolver, acertar, ganhar...
      Agora, se o vocabulário é importante, a a rima e e outras sonoridades exploram mais é a reflexão fonológica, mais do que o aspecto semântico propriamente.
      O aspecto semântico e sintático está em jogo pois ela tem que buscar uma palavra que faça sentido no verso, ou não faça muito sentido, mas faça graça...Mas a rima chama o aspeto sonoro, a brincadeira com os sons das palavras, o significante mais do que o significado... Certo?

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  3. Pró Liane,

    Amei saber que podemos usar os textos da tradição oral no contexto da alfabetização e letramento tanto das crianças quanto dos estudantes da EJA. Fiquei muito encantada com essa possibilidade, ainda mais porque descobri que as cantigas, as brincadeiras cantadas, os acalantos, as adivinhas e tantos outros que fazem parte das nossas vivências (da nossa infância, que fazem parte do nosso patrimônio cultural podem privilegiar aprendizagens lúdicas e significativas!
    Isso nos traz uma nostalgia! E parafraseando Casimiro de Abreu “Oh! que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais!”

    Isa Bastos, EDCB 85

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    1. Sim, Isa!
      Por isso insisto de os professores (e vocês futuros educadores) irem relembrando, reconstruindo, mobilizando e memorizando um repertório de vocês, para que tenham o que brincar com as crianças, e planejar situações de reflexão linguística na continuidade dessas práticas brincantes!

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  4. Oi Lica.
    Sou muito fã da tradição oral e acho que cabe a nós professores esse repertório em nossas aulas com as crianças pois eles trazem consigo a ludicidade e diversão. No EJA eles também são muito positivos e enriquecedores, pois nos remetem a nossa infância e se torna algo prazeroso. Achei muito legal que podemos associar isso ao aprendizado de leitura e escrita.
    Obrigada.
    ANTONIA FEIERABEND CALLAS - EDCB85 2018.2

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    1. Também sou fã, Antônia!
      Na EJA remetem à infância em alguns casos, mas também ao uso cotidiano da linguagem. Veja o caso dos provérbios...são mais usados por adultos do que por crianças...Adivinhas também os instiga muito. E para os jovens, as quadrinhas ainda podem ser interessantes...
      Vamos multiplicar as vozes quanto a essa belezura que é alfabetizar por meio da tradição oral, viu?

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  5. A minha interpretação consiste sobre a utilização da quadrinha,e a sua caracterização. Percebi que,a quadrinha, é uma poesia popular e ao mesmo tempo composta por outros gêneros. As rimas muitas vezes são imperfeitas, mas escritas coerentemente...
    Achei a quadrinha bastante interessante por ser simples e também por sua utilização da lingaguem ser bem popular. Percebi também que, os exemplos utilizados pela senhora, pró Liane,expressam: admirações, sentimentos amorosos, e essas características compõe de fato a quadrinha,acho que, por esse motivo,as quadrinhas são excelentes para serem usadas na educação infantil, e isso faz com que haja desenvolvimento da oralidade, expressão corporal e da criatividade dos alunos. De outra parte,a utilização do Kit, foi muito criativo, facilitando e desenvolvendo uma comunicação direta dos alunos para com os educadores.

    Sirlândia Oliveira Anjos

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    1. As quadrinhas são a morada das rimas, Sirlândia. Em geral, sem rimas não temos quadrinhas (no geral). E as rimas, como outras sonoridades, são, ao mesmo tempo, matéria prima da poesia, da linguagem poética, e matéria prima da alfabetização.
      Se a rima não é a unidade que estrutura o sistema (que é o fonema, que por sua vez se reestrutura em sílabas), ela é, de todo modo, uma unidade fonológica importante para chamar a atenção à dimensão sonora da língua e contribuir tanto para o estabelecimento da relação entre a escrita e pauta sonora, quanto para os avanços rumo à análise das palavras em unidades menores.
      Sem contar o potencial brincante das rimas, que as crianças adoram!

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  6. Relembrar o que tinha guardado desde a infância foi uma experiência gratificante.
    Fazendo um relação da EJA com as quadrinhas e retomar a tradição oral, trazendo consigo a importância da escrita e leitura, sem deixar de lado a parte brincante e lúdico, que contribui para alfabetização. Como futura educadora vejo a importância de suscitar, o que aconteceu nas aulas do componente, a criatividade em minhas práticas pedagógicas.

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  7. Olá! Muito legal usar as quadrinhas, a tradição, o incentivo ao desenvolvimento de uma visão crítica, para estímular à criatividade, a autonomia, o descobrir novas rimas, e que libera o que há de mais agradável numa leitura que desperta emoções com sentimentos que irradiam a liberação dos processos de leitura, escrita, que podem também trazer o impulso para uma visão crítica, criativa e abrangente do uso das palavras e seus efeitos. EDC-303 - Alfabetização e Letramento. Cazildete Barbosa.

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    1. E com os textos da tradição oral podemos tanto trazer a cultura lúdica, a herança de nosso povo, quanto refletir sobre as sonoridades da língua, tão importante para a alfabetização. Além disso, como textos que têm ritmo, melodia, repetições, também podem ser muito produtivos para as primeiras leituras das crianças, mesmo e até porque são sabidos de memória. Nesse caso, ajudando a ajustar o falado ao escrito, vão refletindo sobre as palavras e também sobre suas unidades menores, numa rica pesquisa inteligente sobre a escrita.

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  8. Oi,pró! Valeu a pena pensar sobre as rimas não apenas como recursos poéticos, mas como recursos fonológicos. Gosto da ideia de as crianças brincarem e aprenderem com as quadrinhas.A tradição oral nos ensina muito. Por isso, considerei muito interessante também, o kit de quadrinhas lacunadas. Uma ótima sugestão de atividade para a reflexão sobre as rimas.

    Obrigada,

    Daniele Ferreira Sampaio. EDCB 85 -Alfabeticão e letramento, 2019.1 (noturno)

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    1. Isso...e, em sendo "recurso fonológico", não esquecê-las como recurso poético e lúdico. Abordar as rimas de uma quadrinha como unidade fonológica (relacionada à alfabetização), sem esquecê-las como recurso da linguagem poética (o que já se relaciona ao letramento), e o texto, como cultura lúdica infantil...

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  9. Cara Liane,
    Realmente é uma riqueza ter essa possibilidade de aproveitar de tantas formas as quadrinhas, desenvolvendo a capacidade de percepção da diversidade dos sons e de seu uso no aprendizado e na consolidação das relações com a língua. Traz um mistério poético e ao mesmo tempo uma revelação da estruturação sonora das palavras, numa convivência desafiadora e que permite a interação com o que pode ser e com o que já foi, numa reflexão histórica também das possibilidades aí envolvidas. Consigo perceber além disso o trabalho com a interação entre o professor e os alunos e entre os próprios alunos apresentando a inter-relação das diversidades de pensamento de cada um. E certamente os professores que utilizam os recursos da tradição oral enriquecem as suas aulas.
    EDCB-85 Cazildete Barbosa

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    1. Pois é, Cazildete! A escola vai ganhar muito quando entender que é tudo-ao-mesmo-tempo-agora e fragmentar menos suas propostas e objetivos. Tê-los, firmes, em mente, não tem que ser sinônimo de compartimentalizar os diferentes conhecimentos e possibilidades presentes numa proposta.
      O espírito é esse! É nessa escola que acredito. Valeu!

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  10. Olá, pró!
    É incrível como as quadrinhas encantam as crianças. Eu tive a oportunidade de experimentar, hoje, um texto de tradição oral com meu filho de 5 anos e tivemos garantidas muitas gargalhadas. Eu percebi, em certo momento, que ele estava tentando rimar com palavras aleatórias e que não rimavam e depois com palavras que não existiam mas que possuíam silabas necessárias para fazerem rimas.
    Observei que naquele momento poderíamos fazer a parte escrita para ajuda-lo no desenvolvimento da consciência fonológica, mas como a ideia era brincadeira pela brincadeira, não fizemos isto. Rsrs
    Penso que inserir estes textos de tradição oral nas vivências das crianças é um desafio sobretudo para o adulto que não vivenciou esta prática dinâmica em sua educação infantil. Eu me vejo as vezes procurando na memória quadrinhas, parlendas, rimas, trava língua, que eu poderia contar para o meu filho ou para crianças em sala, por exemplo. Acredito que eu não lembro porque não foi uma prática efetiva em minha educação infantil. Preciso aprender mais.

    EDCB85 Alfabetização e Letramento –Noturno- Josyane Lima de Assis Santos

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    1. Josyane,
      Nós mães e educadoras sempre estaremos refletindo sobre essas coisas nas interações com nossos filhos.
      Mas, olha, a reflexão sobre a língua pode surgir assim mesmo, nas interações em torno das brincadeiras, dos textos...na continuidade desse brincar.
      É bem difícil, nessa perspectiva, separar completamente onde acaba o brincar e começa a reflexão. Ainda mais com crianças pequenas, que aprendem brincando mesmo.
      Uma coisa é querer ser professoral com os filhos, outra é experimentar, no fluxo das interações espontâneas, brincadeiras que também são reflexões.
      Pense nisso! As aprendizagens sobre a escrita e sobre o sistema e sua base fonológica podem surgir nas práticas lúdicas e nos eventos de letramento naturais nas interações familiares!
      Agora, para você como educadora, sim, precisa ampliar esse repertório, pois além de saber cultural é, para nós que lidamos com crianças, também saber profissional.

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  11. Olá Pró, como vai?
    Lembro-me bem de que na infância existiam muitos textos da tradição oral, sendo utilizados como brincadeiras mas que eram e são importantes para o aprendizado.
    Atualmente não vemos essa brincadeiras da tradição oral na vida das crianças. Depois das suas aulas, acredito que seja uma perda enorme para a cultura atual a não utilização das mesmas. Textos da tradição oral como: as quadrinhas, parlendas, rimas, trava língua e outras mais devem ser utilizadas pelos docentes em suas salas de aula.
    Pelo menos eu utilizarei!

    EDCB85 - Alfabetização e Letramento - Noturno - Ana Cecília Menezes Azevedo

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    1. Pois é, Ana Cecília!
      É um rico repertório de tradição, renovação e invenção constante!
      Sem os espaços de sociabilidade que tínhamos antes nas zonas urbanas, como a rua, as praças, os quintais - que eram abertos a nossa imaginação e não pre-fabricado com tantas opções e brinquedos, como certas praças hoje - a escola se torna um local privilegiado para que essas brincadeiras perdurem...
      Vá constituindo seu repertório - começa por aí!

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  12. Pró, amei o jogo. Você é sem dúvidas uma fonte de inspiração e conhecimento sobre alfabetização e letramento. Pude notar ao longo do semestre sua criatividade para trazer possibilidades mais interessantes e dinâmicas para as crianças em processo de alfabetização. Acredito que jogos e brincadeiras são aliados importantes da aprendizagem, pois o ato de brincar possibilita que as crianças recriem e se apropriem da realidade.
    A brincadeira é uma atividade importante para a formação da personalidade, pois através dela é possível que a criança atinja os níveis mais complexos do desenvolvimento. O brincar é fundamental para a construção da identidade da criança enquanto sujeito autônomo, crítico e transformador do seu meio social. Precisamos estar atentos a isso enquanto pedagogxs em formação e utilizar esses recursos a nosso favor na prática docente.

    Rebeca Brito - EDCB-85 noturno

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    1. Oi, Rebeca! Sim, penso que a formação docente, principalmente a formação inicial, precisa compor-se não apenas de conhecimentos teóricos e didáticos, mas também de repertório - repertório de jogos, de livros, de tradição oral, e das amplas possibilidades de sua exploração com e pelos futuros alunos de vocês.
      Embora a nossa carga horária seja pequena, tento fazer essa mágica!
      O retorno de vocês é fundamental nesse sentido, viu?
      Obrigada!

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  13. Fico pensando após ler essa postagem de como é rica nossa tradição oral, cantigas, parlendas, advinhas etc. As atividades propostas sobre as rimas, a troca de palavras feita pela professora ou pelos alunos é riquíssima justamente por terem que ir buscar os recursos linguísticos, seu repertórios de palavras para que possam encaixar no jogo das rimas, propor a exploração de palavras, mesmo que não haja uma lógica, pode-se usar a criatividade virando uma brincadeira, e quando se fala em crianças o melhor é que seja através do lúdico mesmo. A proposta apontada no texto de usar a linguagem oral articulada com a escrita, através das grafias das palavras, por exemplo, é excelente para a alfabetização.
    E ainda me faz pensar de que infelizmente muitos docentes não possuem esse conhecimento de como buscar outras propostas de alfabetização além da tradicional junção silábica (b com a = ba). A consciência fonológica é melhor apresentada sem dúvidas nessas atividades buscando os textos da tradição oral.
    Hortência Marinho - EDCB-85 noturno

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    1. As crianças brincam e gostam de brincar com a falta de lógica, justamente, porque estão desenvolvendo o senso de lógica. Nesse caso, trabalha-se também a consciência sintática - ou seja, a capacidade de julgar a gramaticalidade e o sentido dos enunciados. E se vira graça a falta de senso, é porque estão, sim, visando o sentido, né? O riso vem de se quebrar esse sentido. A linguagem é uma festa! (ou pode ser...).
      E, o sendo, na "mão" de crianças, a festa vai longe!
      Sim...o ensino ainda anda muito tradicional. Por isso, aposto em vocês!!!

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  14. EDCB85-ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOTURNO CARINA DA SILVA LACERDA- MATRÍCULA 212102397
    PARA MIM O LEQUE DE OPORTUNIDADES DE SE UTILIZAR A TRADIÇÃO ORAL E EDUCADORA QUE A CRIATIVIDADE E A TROCA PROPORCIONAM É ÍNFIMA! TENHO A OBSERVAR A SOCIALIZAÇÃO DESSAS POSSIBILIDADES COM MENINAS E MENINOS DO 1 ANO,NA VERDADE COMO ELES/AS ENTENDERIAM AS APRENDIZAGENS, NÃO PELA CAPACIDADES DELES É GRANDE EU SEI ,MAS PELO DIRECIONAMENTO,A CONDUÇÃO DAS ATIVIDADES,SEI QUE NO CONTEXTO DE POLÍTICAS ULTRAPASSADAS QUE EMERGEM E FALTA DE FORMAÇÃO COLETIVA DE TODOS NÓS É UMA DESMITIFICAÇÃO DE PRODUÇÕES ONDE A CRITICIDADE E A REALIDADES DOS ALUNOS NÃO É ESQUECIDA!AMPLIAR AQUILO QUE JÁ É OFERTADO HÁ ELES NA FORMA DE MERCADORIA E IMPOSSÍVEL EM REALIDADE. PODEMOS VER QUE ELES BRINCAM COM TUDO QUE ESTÁ A SEU ALCANCE,NOS É QUE ESTAMOS TÃO CONDICIONADOS A CEIFAR ESSA ERUPÇÃO DE HABILIDADES, TRAZER AS PALERMAS, POESIA,MÚSICA,TROCADILHOS ENTRE OUTROS TÃO VIVOS PARA QUALQUER IDADE É UMA ESPERANÇA. EU NUNCA HAVIA PENSADO QUE ESSES CONTEXTOS BRINCANTES ERAM TÃO CULTURAIS PARA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO DE MUNDO PARA MIM, ACREDITO QUE PARA ELES UM DESAFIO QUE ELES ESTÃO NOS PROPONDO A MUITO TEMPO NAS ESCOLAS!!

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    1. Carina, do que eu pude entender (mas não sem esforço), digo que se nós pararmos para, de fato, escutar as crianças, e pudermos, verdadeiramente, tomar a escola como cultura, a escola cumprirá melhor o seu papel.
      Como professor, faço aqui esse esforço também de entendimento. Mas precisa organizar melhor o texto, certo?
      A justaposição de muita coisa, de forma intensa, precisa passar pelo tratamento devido que a coesão escrita exige, para que possamos usufruir melhor do muito que você tem a dizer. ;)

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  15. Fico pensando após ler essa postagem de como é rica nossa tradição oral, cantigas, parlendas, advinhas etc. As atividades propostas sobre as rimas, a troca de palavras feita pela professora ou pelos alunos é riquíssima justamente por terem que ir buscar os recursos linguísticos, seu repertórios de palavras para que possam encaixar no jogo das rimas, propor a exploração de palavras, mesmo que não haja uma lógica, pode-se usar a criatividade virando uma brincadeira, e quando se fala em crianças o melhor é que seja através do lúdico mesmo. A proposta apontada no texto de usar a linguagem oral articulada com a escrita, através das grafias das palavras, por exemplo, é excelente para a alfabetização.
    E ainda me faz pensar de que infelizmente muitos docentes não possuem esse conhecimento de como buscar outras propostas de alfabetização além da tradicional junção silábica (b com a = ba). A consciência fonológica é melhor apresentada sem dúvidas nessas atividades buscando os textos da tradição oral.
    Hortência Marinho - EDCB-85 noturno

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    1. Respondi acima...pois ficaram ambas, com o perfil diferente, tá? Colo a resposta aqui de novo.

      As crianças brincam e gostam de brincar com a falta de lógica, justamente, porque estão desenvolvendo o senso de lógica. Nesse caso, trabalha-se também a consciência sintática - ou seja, a capacidade de julgar a gramaticalidade e o sentido dos enunciados. E se vira graça a falta de senso, é porque estão, sim, visando o sentido, né? O riso vem de se quebrar esse sentido. A linguagem é uma festa! (ou pode ser...).
      E, o sendo, na "mão" de crianças, a festa vai longe!
      Sim...o ensino ainda anda muito tradicional. Por isso, aposto em vocês!!!

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  16. EDCB85 - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO - 2019.2 - DIURNO
    FERNANDA OLIVEIRA RIBEIRO

    Oi pró! De tanto a senhora falar em "gêneros da tradição oral" em sala, e de tanto eu ficar sem entender o que exatamente era, vim ao blog para tentar compreender melhor o que a senhora sempre fala.
    Pude agora aprender um pouquinho dessa tradição oral que é a quadrinha (que já conhecia, mas não relacionava à tradição oral justamente por não ter esse estudo) e as possibilidades que podemos ter para trabalhar com as crianças.
    Lembro-me que essas "cantigas" estavam presentes na minha época de Educação Infantil e agora penso diversas possibilidades para poder trabalhar em classe, quando eu for pró.
    Em algum momento oportuno posso unir turmas de alfabetização e educação infantil (grupo 5, talvez) e fazer atividades de cantar as "cantigas" com ambas as classes e em seguida a atividade (oralmente) de trocar as palavras. Acredito que as crianças irão gostar dessas trocas pois é uma atividade lúdica e divertida. Em sala, com a turma de alfabetização posso fazer uma atividade de sintetização com a escrita das palavras trocadas.
    Falando em educação infantil, acredito também que podemos fazer as atividades de quadrinhas com imagens e desenhos misturada com as palavras, para que as crianças (que ainda não aprenderam a ler) possam participar (por conta das imagens) e começar a reconhecer as palavras e letras.
    Ainda quero pensar melhor como trazer atividades da tradição oral para as crianças com deficiência (surdas, cegas, com DI) e autistas.
    Beijinhos!!

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    1. Oi, Fernanda!
      Em breve, já, já, teremos nossa aula sobre tradição oral, e antes ainda veremos mais disso ao discutir consciência fonológica em contextos lúdicos e letrados. Com certeza sua cabeça, já ensaiando mil ideias para a prática com as crianças, vai ficar bem ocupada!!!
      E veremos situações de reflexão linguística a partir desses textos tanto na Educação Infantil quanto no ciclo da alfabetização.
      É já já! E tem os artigos que vou indicar também. As ideias vão pulular!
      Beijos

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  17. A partir deste texto e de algumas outras buscas sobre o que é quadrinha, me percebi neste universo muito antes mesmo de saber o que ela significava, significa e suas características principais, o que prova a importância da oralidade como instrumento primordial do conhecimento, evidente que o aprofundamento é necessário, mas o caso em si é de que por mais que eu não tivesse noção, eu já participava e utilizava.
    Falo isso com total consciência e resultado de seu uso. Hoje em dia estou no grupo 2 através do PIBID, que é um programa de iniciação à docência que me transforma, quando você diz que “as rimas entre palavras são apreciadas pelas crianças desde cedo.”, e certificando “a rima é jogo de sonoridade que traz graça e musicalidade ao texto”, percebo quanta verdade carrega nesta simples afirmação, o quanto ela movimenta qualquer pessoa e desperta essa cultura lúdica, que utilizarei mais futuramente também para a alfabetização assim que tiver oportunidade.
    As rimas que aparecem e que são obrigatórias nesse gênero, elas constituem, elas fazem parte da alma da poesia e em por consequência, será de muito bom uso na alfabetização, digo até mesmo, NECESSÁRIA.
    Noto também que a consciência fonológica surge muito cedo, de maneira rápida e eficaz, tive oportunidade de estar no grupo 4, e quase todas as crianças tinham e dominavam isso de forma simples simples, mas neste grupo foi preciso mostrar as letras, as frase, e trabalhar com isso, não somente a quadrinha e toda sua história, o que comprova que ela só abraça ainda mais as formações. Você demonstra mais uma vez a necessidade de acompanharmos o ritmo de cada situação, “é também fundamental trazer a reflexão para um nível mais explícito, consciente, deliberado, sistematizado, ainda na oralidade e também articulado à escrita.”, que é quando essas crianças já estão preparadas para tal função.
    “O jogo favorece a reflexão, a busca pela resposta de forma autônoma, usar tudo o que sabe para tentar resolver, acertar, ganhar...”, mais uma das questões que vc coloca que dialoga TOTALMENTE com a prática, incrível perceber a importância da nossa cultura sendo colocada e de maneira que dá certo, que resulta e impulsiona. Espero mantê-la viva nas minhas práticas, pois além de todas as riquezas, ela me mostrou ser política, de modo em que tenho que me nortear no que é nosso, no que é rico e vale muito, uma potência sem igual. Obrigada por tamanho aprendizado e por trazer esse kit que com toda certeza compartilharei com outras.

    LAILA ALVES BARBOSA

    EDCB85 - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO - 2019.2 - DIURNO

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    1. Qua maravilha de depoimento, Laila!
      Fico feliz que tenha feito articulações com experiências do PIBID e que sente que levará isso para sua prática.
      Muito gratificante para mim!
      As crianças menores ainda começam a ter sensibilidade fonológica, quando ainda sem muita consciência brincam com as sonoridades da língua.
      E desde bebês estão imersas nesse caldo de sons e cultura, com os acalantos, brincos e cantigas, não é?

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  18. Meu comentário é sobre como a cultura popular pode ser utilizada como ferramenta na alfabetização, e pensar sobre alternativas interdisciplinares para se desvencilhar desse currículo tão disciplinar que vivemos, embora eu saiba que na educação infantil é menos difícil de se fazer.
    Com as quadrinhas além de trabalhamos a cultura popular, apresentando-a às crianças tem função linguística e fonológica. Após algumas leituras extras pude perceber que as quadrinhas com suas regrinhas são ótimas para aprendizado e reconhecimento de vários conteúdos na alfabetização, mesmo antes da criança estar na fase alfabética. Alguns delas podem ser: reconhecimento que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo; reconhecer a separação das palavras escritas; ler e compreender, em colaboração com os colegas, que já estejam em uma fase mais avançada da alfabetização; perceber as sílabas e rimas... depende apenas da atividade feita com elas.
    A ideia de trocar as rimas, qua a senhora apresenta mesmo, é muito legal que faz com que a criança aprenda rindo com as sugestões delas e ao tentar sugerir, mesmo que inconsciente, elas percebem a regra da rima.
    O tema me deixou muito animada e cheia de ideias, não vejo a hora de poder utilizar numa turma.

    NATHÁLIA REIS SANTOS
    EDCB85 - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO - 2019.2 - DIURNO

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    1. Olha, Natália,
      Tem muita gente que parece achar muito difícil fazer na Educação Infantil, viu? Não se engane! Muita criança sentada em cadeira com lápis e papel na mão quase o turno inteiro...
      Podemos fazer diferente! Podemos!
      E elas podem aprender muito e muito mais felizes a partir da cultura lúdica!!!

      Mãos à obra!!! É muito alvissareiro!

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  19. Larissa de Almeida Brito29 de novembro de 2019 às 12:23

    Muito legal pensar a utilização dessa forma literária de escrever poesia popular tão rica, que são nossas quadrinhas, em sala de aula. Confesso que antes das nossas aulas eu não sabia muita coisa sobre o tema a não ser algumas quadrinhas que trazia de cor lá da minha infância. Agora eu consegui compreender a estrutura de uma quadrinha. O segundo verso sempre rima com o quarto. Entendi também sobre os sete pés ou sílabas métricas, poéticas, rítmicas... Algo que eu não fazia do que fosse até então.

    Larissa de Almeida Brito
    EDC285 - Alfabetização e letramento
    Turma 2019.2

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    1. É um mundo fascinante o da poesia, das quadras, da tradição oral, Larissa!
      Espero que tenha tomado gosto, e não só no sentido das práticas de alfabetização.
      Torço por isso!

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  20. Olá, pró! Fiquei encantada com essa proposta. Aonde podemos encontrar todas as seis quadrinhas selecionadas para o kit e os novos pares de palavras? Já tem algum post aqui no blog nesse sentido?! Beijos, Soraia

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    1. Soraia, querida, o kit pode ser feito com qualquer quadrinha, mas se você vai fazer a oficina, esse é um dos kits que vamos produzir!!! Se não, me escreve um e-mail. Bjos

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    2. Ah, que ótimo! Irei participar sim! Beijos

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