Esses foram os jogos que fiz desse poema: Bingo e Baralho de Rimas, já citados quando postei sobre o Lince; Trilha de Rimas e Dominós de Rimas. Fiz jogos de exploração de rimas e de reconhecimento de palavras.
O Bingo de Rimas funciona exatamente como o Bingo Fonológico já mostrado aqui em detalhes (ver posts anteriores sobre isso), só que, nesse caso aqui, ele é específico de rimas e não misturado com outros tipos unidades sonoras, como é o Bingo que mostrei antes.
O kit é composto de 15 cartelas de Bingo, com as figuras representantes dos pares de rimas do livro, distribuídas de modo a não serem repetidas na mesma cartela (ex. sabonete e rabanete não aparecem na mesma cartela e assim por diante...).
O kit é composto de 15 cartelas de Bingo, com as figuras representantes dos pares de rimas do livro, distribuídas de modo a não serem repetidas na mesma cartela (ex. sabonete e rabanete não aparecem na mesma cartela e assim por diante...).
As indicações são de outras palavras que não constam no poema, como: "Rima com sorvete" ou "Termina como chocolate".
O Baralho de Rimas é composto de cartas com as figuras que representam as palavras rimadas do poema e cartas com as próprias palavras, assim, pode tanto ser usado como baralho fonológico quanto como baralho de reconhecimento de palavras, da mesma forma que o Lince.
Ele pode ser usado de várias formas:
Ele pode ser usado de várias formas:
Pode ser usado apenas para associar as figuras representantes dos pares de rimas do texto (jogo fonológico). Nesse caso tem que ser retirada a carta do caqui, que não tem par (que rima com "aqui", no texto).
Como jogo de reconhecimento de palavras, pode-se pedir que associem as figuras às palavras correspondentes. As cartas da figura e da palavra "caqui" podem entrar nesse jogo.
Nessas opções de associação em que há palavras escritas, não é preciso usar todas as cartas. A depender do domínio de leitura do grupo ou de parte dele, pode-se pensar em diferentes modos de distribuir as cartas. Em uma mesa podem ser colocados apenas poucos pares embaralhados, para as crianças formarem os pares. Em outra, podem ser colocados mais.
Podemos ainda propor a associação de pares de palavras escritas que rimam (cartas com as palavras), analisando as palavras rimadas, suas diferenças e semelhanças, em especial aquelas referentes às rimas que trazem grafias diferentes (ex: cadarço/compasso). Também a carta com a palavra "caqui" deve ser excluída nesse caso, por não ter par.
Por fim, podemos propor um jogo de quartetos, cujo desafio é associar os dois pares de figuras e os dois de palavras, formando os conjuntos de rimas do jogo (duas figuras e duas palavras (sobra a carta do caqui).
Veja ao lado o exemplo de um quarteto:
Quando falo "associar" significa embaralhar e procurar as cartas que vão juntas, juntando os pares. Mas essas mesmas propostas - pelo menos as de formar pares, seja de figura-figura, de figura-palavra ou de palavra-palavra - podem ser feitas a partir de um jogo como o Mico Preto e a Memória.
Para o jogo do MICO, pode-se ter uma carta que corresponde ao Mico, que é a carta que sobra, que não forma par, que quem fica com ela no final do jogo, perde. A carta do caqui pode ser o Mico. Mas pode jogar também sem Mico, apenas formando os pares e vence quem primeiro terminar as cartas. Lembrem que, no Mico, as cartas são distribuídas, formam-se os pares e, depois, um jogador vai puxando uma carta do outro para tentar formar novos pares.
Para o jogo da MEMÓRIA de figuras e de palavras deve-se excluir a carta do caqui. Mas podemos deixá-las (a figura e a palavra) no jogo de associação de figura com a palavra.
Podemos ainda utilizar as cartas com as figuras de outros modos, como para fazer o jogo do intruso, colocando duas coisas que rimam e uma que não para indicarem o intruso, ou para comparar o tamanho dos nomes. Tira-se duas cartas com figuras de um monte, sem ver e tem que dizer qual a palavra maior. Ou seja, o baralho pode ser usado de várias maneiras diferentes.
O jogo Trilha de Rimas, por sua vez, é semelhante à Trilha que fiz para o poema Amanhã de Capparelli.
Em cada casa do tabuleiro há as figuras de uma das rimas do livro. Joga-se com pinos de cores diferentes e um dado normal. Cada jogador, na sua vez, lança o dado e anda o número de casas indicadas pelo número na sua face. O jogador deverá dizer uma palavra que rime com a figura da casa em que parar seu pino. Não precisa ser a mesma rima do livro. Se não conseguir ou passa a vez ou volta ao começo. As casas com a venda indicam passar a vez ou voltar, na rodada seguinte, as casas indicadas pelo dado. Antes de começar o jogo, os jogadores devem decidir as regras. Vence o jogador que chegar primeiro ao final da trilha.
É interessante combinar que vale, na primeira rodada, ter que dizer a rima do livro e, a partir da segunda, ter que dizer uma outra, que não a do livro. Isso porque o rico do jogo é buscar novas rimas, não apenas as já previstas, aprendidas na leitura do poema.
É interessante combinar que vale, na primeira rodada, ter que dizer a rima do livro e, a partir da segunda, ter que dizer uma outra, que não a do livro. Isso porque o rico do jogo é buscar novas rimas, não apenas as já previstas, aprendidas na leitura do poema.
Quanto ao dominó, fiz dois tipos de Dominó de Rimas, o dominó de figuras e o dominó de palavras que rimam. No primeiro caso, o jogo é fonológico, pois é preciso considerar as rimas das palavras representadas pelas figuras e associar, por exemplo, as figuras do rabanete e do sabonete, que são rimas do livro. É preciso enfatizar a natureza sonora do jogo para que não joguem associando apenas as figuras semelhantes (sabonete com sabonete, rabanete com rabanete).
O dominó de palavras exige, por sua vez, a comparação das escritas das palavras, observando-se, principalmente, a sua terminação. Para as crianças que já leem, a observação da rima se dá pela própria leitura das palavras; para os que ainda leem com certa dificuldade, podem comparar as grafias finais das palavras. De qualquer modo, é mais difícil jogar o jogo com as palavras escritas do que com as figuras, principalmente quando ainda não se reconhece as palavras com rapidez.
É bom ressaltar que, para fazer um dominó que funcione, é preciso confeccioná-lo na estrutura de dominó mesmo, que envolve análise combinatória, progressão aritmética. O mais fácil é atribuir um número a cada par de rima (ex. 0 a sabonete/rabanete; 1 a ricota/torta; 2 a borracha/bolacha e assim por diante) e depois fazer todas as combinações, inclusive as "buchas". Assim, temos: 0 com 0, 0 com 1, 0 com 2, 0-3, 0-4...., depois, 1-1, 1-2... Lembrem que o par 1-2, por exemplo, no caso do dominó, é o mesmo que 2-1 e, portanto, não precisa repetir. Para compor as peças do jogo, é preciso considerar que cada número pode aparecer como uma ou outra rima. O ideal é equilibrar entre as duas rimas, por exemplo, o 1 sendo ora ricota, ora torta.
De qualquer modo, para o jogo de fato fechar, seria preciso jogar valendo também juntar a palavra/figura com ela mesma (ex. rabanete com rabanete) e não apenas com sua rima (ex. rabanete com sabonete). Para ficar mais interessante, no entanto, pode-se propor juntar só as rimas e, quando não houver mais jeito, valer também juntar as palavras com elas mesmas. O que não pode é valer apenas juntar as palavras iguais, senão não é dominó de rimas. Outra alternativa interessante, que sana um pouco essa questão, é fazer o dominó com outras rimas (outras palavras/figuras com terminação em /ete/, /axa/, /ola/ etc) - que não as do livro, mas derivadas de atividades com ele - e, assim, não repetir uma mesma palavra/figura nas peças, apenas repetir as rimas. Complicado? É que dominó parece simples, mas tem uma estrutura...
Bom, gente. É isso. Acho que exploramos bastante o livro de Elias José, não é? E para além do poema, ficam propostas que podem caber para outros tantos textos rimados.
Lica
De qualquer modo, para o jogo de fato fechar, seria preciso jogar valendo também juntar a palavra/figura com ela mesma (ex. rabanete com rabanete) e não apenas com sua rima (ex. rabanete com sabonete). Para ficar mais interessante, no entanto, pode-se propor juntar só as rimas e, quando não houver mais jeito, valer também juntar as palavras com elas mesmas. O que não pode é valer apenas juntar as palavras iguais, senão não é dominó de rimas. Outra alternativa interessante, que sana um pouco essa questão, é fazer o dominó com outras rimas (outras palavras/figuras com terminação em /ete/, /axa/, /ola/ etc) - que não as do livro, mas derivadas de atividades com ele - e, assim, não repetir uma mesma palavra/figura nas peças, apenas repetir as rimas. Complicado? É que dominó parece simples, mas tem uma estrutura...
Bom, gente. É isso. Acho que exploramos bastante o livro de Elias José, não é? E para além do poema, ficam propostas que podem caber para outros tantos textos rimados.
Lica