Se vocês ainda não sabem, eu adoro
onomatopeias... Um dia ainda conto sobre isso, como elas apareceram na minha
tese, e aprofundo sobre como as penso na alfabetização. Por ora, digo que elas representam não um referente externo, mas apenas sons - elas apenas evocam esse significado. E isso é fantástico para as crianças poderem prestar atenção na dimensão sonora e tentar refletir sobre os sons das letras no contexto dessa palavra diferente...
Tanto nas brincadeiras orais quanto por escrito, as onomatopeias são ótimas para a alfabetização inicial, pois compreender o que é a escrita alfabética depende, inicialmente, de as crianças suspenderem o significado das palavras e as conceberem como uma sequência de sons. Ou seja, as onomatopeias chamam a atenção para a dimensão sonora da língua e, quando escrita, por referirem a sons, favorecem que se preste atenção ao significante, não ao significado. Assim, não são palavras propriamente (mas podem virar, como em "o tiquetaque do relógio), mas uma classe especial de "palavras", alguns dizem que a onomatopeia é um signo relativamente motivado – não apenas arbitrário, pois busca uma imitação do som
que representa.
A primeira experiência das crianças com a linguagem é via estrato sonoro da língua. Seja ouvindo a conversa cotidiana, seja ouvindo o que Claudemir Belintane chama de "manhês" - a fala terna com que nos dirigimos aos bebês -, seja através dos acalantos, que embalam os pequenos e os recebem no mundo da cultura e da linguagem, seja ainda através dos brincos que inauguram o brincar com o corpo e a linguagem. Do útero às primeiras experiências infantis, lá está a linguagem, lá estão onomatopeias. E as onomatopeias seguem sendo só sons, para brincar com a linguagem, à medida que as crianças crescem... Na tradição oral as onomatopeias aparecem em cantigas e parlendas, mas muitas vezes o que trazem são sons sem sentido algum, que não se constituem em onomatopeias fixadas, já reconhecidas socialmente. São apenas resquícios de palavras, por vezes de outras línguas.
Mas elas também aparecem na escrita. Livros de literatura e tirinhas/HQs, que trazem onomatopeias e outras referência que focam nos sons das palavras, são muito interessantes no processo bem inicial de alfabetização. Fiz, inclusive, um material que é com onomatopeias,
composto de cartas com a escrita de seus sons e cartas com representações
figurativas associadas a eles.
As onomatopeias merecem um capítulo à parte...Para os maiores, nos mangás, se ampliam e ampliam muito as possibilidades de leitura. Mas por ora vou só falar de alguns livros interessantes que as trazem, com foco nas crianças pequenas e em fase de alfabetização. Seguem algumas dicas!
O livro “Dorminhoco” é muito bacana, meu filho adorava lá pelos 4 anos. Também fiz um material a partir dele, que traz as onomatopeias da história na caixinha do
material, para organizar com os bichos que as emitem. Outra caixinha vai sair, feita com as onomatopeias do livro “Você pegou o meu ronrom?”.
Palavrinha ou palavrão é outro livro bem interessante, cuja
história é acompanhada de várias onomatopeias e, no fim, lança-se o desafio de
lê-lo novamente, mas só as palavras onomatopaicas. Dá para recontar a história
pelas onomatopeias. Muito bacana!
Mas também tem livros de poesia!
O livro "Tantos Barulhos", de Caio Riter, da Editora Edelbra, tem lindas ilustrações de Marina Schreiner. E tem até poema que fala do próprio barulho que tudo faz!
Tudo faz barulho,
tudo ruído provoca.
Tem som o pum do menino
e o riso da velha coroca.
Outro livro que traz onomatopeias, dessa vez as dos animais, é o "Ki-som-será?", de Fê, Ed. Paulinas. No livro, em cada página há um animal e o som onomatopaico correspondente. E pelo som das onomatopeias, um bicho evoca o seguinte, e assim por diante, permitindo que as crianças antecipem, o bicho seguinte por seu respectivo som.
Como eu disse, as onomatopeias são palavras que não se
referem a nada concreto, um significante sonoro que não se refere a algo externo, mas
evoca algo pelo som, quase um signo motivado. Mas é puro som e, por isso, chama a atenção para as sonoridades...
Por isso mesmo, como já argumentei, é muito bacana para a alfabetização... Já pensou pensar junto
com a criança que letras devem vir para fazer o som do telefone?
Triiiiiiiiiiiim!
Bom, mas essa é uma conversa para aprofundarmos
outro dia.
Falo das onomatopeias para trazer um livro muuuuuuuito, mas muito, bacana que brinca com sons. É um livro diferente, não
somente de onomatopeias (mas também e muito delas), mas que traz uma língua inventada, tão inventada,
que nem precisa de tradução (o livro é originalmente italiano, mas a língua não é italiano, nem lá na Itália). Uma língua inventada (com umas parecências com diversas línguas), merece onomatopeias também inventadas, né? Então, elas não são necessariamente as já codificadas, conhecidas para certo som. O som de correr, ao que parece, é "rulba, rulba, rulba...". Não se
encontra esse livro por aqui, capaz de nem lá consegui (já tentei trazer), mas achei tão divertido e interessante que vale como experiência e
conhecimento.
Trata-se do livro Tarari Tararera (2009), de Emanuela Bussolati, uma escritora e
ilustradora italiana conhecida na Europa, com diversos livros para crianças.
Esse
livro, diz na capa, traz uma história na língua Piripù, “pelo prazer de contar
histórias ao Piripù Bibi”.
O Piripù Bibi é o mais novo da família Piripù, seres
laranja de cara arredondada, composta por Piripù Pà, Piripù Mà, Piripù Sò et
Piripù Bé, além do Piripù Bibi. Na capa são eles que estão lá, em volta do
livro, ouvindo histórias.
A história conta a aventura de Piripù
Bibi, que um dia se solta de onde o deixam quando saem para colher comida, meio
preso, mas em segurança, e se aventura na floresta, encontrando alguns seres,
nem sempre amigáveis. Até que Piripù Bibi encontra um elefante que o ajuda a
reencontrar sua família, que percebe, depois disso, que não precisam mais
deixá-lo em segurança para saírem por aí. Tudo isso é contado pela língua piripù!
É um enredo bem simples e clássico que,
junto com as ilustrações, ajuda a compreender a história, cujo principal
atrativo é ser contada nessa língua inventada. A autora conta que além do
sentido que tem na própria história - afinal são histórias não apenas sobre Piripùs, mas também para Piripùs: o Piripù Bibi! - o fato de ser escrita numa língua
inventada também permite que a história possa ser contada para crianças de todo o
mundo, sem precisar de tradução.
É uma história para ser lida aos pequenos
até 5, 6 anos, mas com certeza, se bem lida, vai agradar crianças e adultos de
qualquer idade. Os pequeninos, então, devem adorar, parece até as línguas que eles mesmos falam antes de aprender a falar sua língua materna. Lembram do desenho animado Pingu? Pois é, tem aquele efeito Pingu! ...de língua universal.
Mas o segredo está na leitura, na magia de narrar pela voz, pelo
sons, pela entonação, pela graça da fala, mesmo que sem significado apreensível pelas palavras.
A sequência de sons junto com as imagens – feitas pela própria autora –
convidam o leitor a jogar com a entonação e as modulações da voz, com expressões
faciais e corporais, para conseguir ganhar a cumplicidade dos ouvintes com
a história e garantir a compreensão do todo da sequência. A mágica da leitura e contação de histórias para além das palavras!
Mas chega de blá, blá, blá! Para se ter uma ideia do que estou
falando, vejam os vídeos em que boas leitoras leem a história. Fantástico! Não
é em italiano, gente! É em língua piripù!!!
Isso com certeza nos ensina mais sobre a qualidade da leitura que devemos fazer para as crianças, pois além dos significados das palavras, muita coisa do sentido do texto é passada por elementos prosódicos, rítmicos, e pela materialidade da voz que lê ou conta.
Gestos, entonação, interação...e o riso é garantido! De meninos e meninas mundo a fora! Então, não podemos esquecer que nesse tipo de leitura, para crianças tão pequenas, há algo muito, muito importante, que é a relação com elas, nessa leitura. Elas ouvem, reagem, participam e o leitor captura sua atenção e reage também. Há um jogo de interpretações, o adulto com a sua, que imprime na entonação e no ritmo, as crianças com as delas, na atenção que prestam ao todo daquele acontecimento narrativo. Ou seja, trata-se de conjunto de aspectos que delineiam uma relação, uma interação com as crianças e convoca os sentidos, o corpo, outros canais de compreensão da linguagem que não apenas a verbal. O livro favorece essa interação, o que era a intenção da própria autora.
Mas se quiser ouvir uma outra versão de leitura, já que cada uma traz uma camada de possíveis entendimentos, veja essa.
Teve tanto sucesso, ganhou até
prêmio, o Prêmio Andersen do melhor livro para 0-6 anos, em 2010. Foi tão bem
aceito que Emanuela Bussolati lançou mais dois livros em língua piripù: Bada...búm (2011) e Rulba Rulba
(2013), com mais aventuras do Piripù Bibi! Uma versão desses aqui e aqui. O primeiro é sensacional, mas vale conferir esses também. Lembrando, não é italiano, heim, gente! É língua piripù, rsrsrs.
Para quem gosta de onomatopeias, foi um
achado maravilhoso e singelo. Lógico que agora estou louca para importar os três. Vamos ver
como!
Para crianças maiores (o meu é da adulta aqui mesmo) tem um volume da série de quadrinho Graphic MSP, da Maurício de Sousa Editora e Panini Comics, que é quase todo composto de onomatopeias. É uma narrativa que exige muito do leitor, pois é contada basicamente por imagens, onomatopeias e poucos diálogos entre os personagens humanos.
Trata-se do volume "Bidu: caminhos", de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho, que conta a história de Bidu antes de ele se encontrar com Franjinha.
Essa é uma coleção em que vários autores/ilustradores criam histórias próprias reinterpretando personagens de Mauricio de Sousa e se valendo de vários estilos diferentes de desenho, traço, uso de cores... Nesse volume, os autores usam e abusam da sensibilidade para contar uma história de amizade com efeitos de luz, sombra, tons, texturas, cores pasteis. A chuva é sensacional!
Bidu e Franjinha foram os primeiros personagens de Maurício e o Bidu, o primeiro a ganhar uma revistinha própria!
Bom, por ora, é isso...
Espero que tenham gostado das dicas!
Minha tese está recheada de onomatopeias... não tinha como não falar um pouco delas, não é?
Abraços, vupt, fui!
Lica
Lica!
ResponderExcluirQue dica linda! Precisamos descobrir com consegui-los mesmo!
Você voltou com a corda toda, heim? Sempre indicações e orientações deliciosas e certeiras!
Bem vinda de volta!
Bjos,
Leila
Oi, Leila!!!
ResponderExcluirPois é, achei bem legal esses livros. Uma hora eu os consigo!
Um beijo grande, querida!
Ana Márcia P. Teixeira
ResponderExcluirEDCB85 - Alfabetização e Letramento.
A apresentação do tema Onomatopeias na alfabetização proposto por este blog é bastante enriquecedora e ilustrativa nas formas de adaptações de material didático e pedagógico.
A indicação de apoio de material é vasto: livros infantis, vídeos, dramatização das leituras das narrativas, quadrinhos e referências de autores internacionais e nacionais, mostrando a variedade de opções para se trabalhar com as onomatopeias, com diversidades de estratégias incluindo um modelo de adaptação apresentado pela autora.
De forma geral, o conteúdo abordado desperta nos leitores o desejo também de produzir onomatopeias e aprender a brincar com os sons. Isso nos remete a nossa infância.
Seria também interessante que se fizesse a adaptação de um livro infantil não verbal, fazendo a sua narrativa a partir das onomatopeias, produzidas pelos alunos.
Gostaria de ter uma dica de como trabalhar a Onomatopeia na Alfabetização de crianças com deficiência auditiva ou que apresente mutismo, como no caso de alguns Autistas?
Obrigada!
Parabéns.
Oi, Ana Márcia!
ExcluirAgora sim, o comentário veio...
A onomatopeia é bem bacana justamente porque por serem representações gráficas-visuais de sons, chamam toda a atenção para o significante, já que não tem um referente exatamente, a representação gráfica (escrita-visual) representa apenas um som.
Pensar a proposta para alunos surdos passa por toda uma discussão sobre o que substitui a dimensão sonora na alfabetização deles em língua portuguesa. Se estamos falando de língua de sinais, é outra coisa! Em Libras, parece-me que há expressões faciais e corporais que fazem as vezes de onomatopeias, atribuindo vida ou emoção a alguns sinais.
Não sou especialista na área de surdos, não tenho muito como falar com propriedade a respeito de como fazer esse trabalho. Mas imagino que uma saída para essa brincadeira, é associar a forma gráfica, visual, das onomatopeias (a palavra escrita e trabalhada iconicamente) com uma figura do objeto que faz tal ruído e/ou o sinal que o representa. As aprendizagens aí são outras, mas a brincadeira pode acontecer.
Quanto à ideia do livro, sim, é muito bacana!
Abraços
A onomatopeia é um recurso muito importante para a escrita. É amplamente utilizada pelas histórias em quadrinhos e poemas. Entretanto, não podemos esquecer sua importância para a linguagem oral.
ResponderExcluirSão importantes recursos para abrilhantar os textos e torna-los cada vez mais atrativos além de retratar também sons do nosso dia-a-dia.
Mais uma ferramenta no processo de aquisição da linguagem oral e escrita.
EDCB85- Alfabetização e Letramento
Mariana Costa
Isso, Mariana!
ExcluirE ótimo para a alfabetização, pois, justamente, são palavras que são sons...
Adorei a dica do livro Tarari Tararera, vou procurar na internet para venda.
ResponderExcluirRealmente, as crianças se divertem e adoram onomatopeias, sejam nas histórias, sejam nas músicas. Minhas crianças na creche se deliciam e ficam alucinadas quando contamos histórias com onomatopeias, e uma das músicas favoritas delas é a do "Tomatinho Vermelho" que no final faz "ploft", é sempre uma grande festa.
Procurarei também os outros livros indicados para trabalhar na Educação Infantil!
Abs
Vanessa Rocha Costa
EDCB85 2018.1
Ah, Vanessa! Esperar o miau, a cosquinha, o nhem, nehm, nhem da velhinha, e o ploft, é a graça maior desses textos brincantes!
ExcluirÉ muito bacana quando nos damos conta que podemos costurar cultura lúdica, linguagem e aprendizagem!
valeu!
Liane
01.10.2018-EDCB85- PMMT
ResponderExcluirAs onomatopeias,que são escritas emitindo sons,traz um incentivo a leitura,chamando atenção para a sonoridade das letras.A leitura fica mais divertida,narrada com sons,entonação,trazendo o lúdico,atenção divertimento e incentivo para as crianças que ouvem,assimilam,participam e interagem juntamente com o leitor,dando vida e entusiasmo a leitura.
As onomatopeias podem ser orais também, não é? Mas é isso, aí, justamente, escritas, por não se referirem a nada, apenas aos sons, chamam a atenção para essas sonoridades e a criança pode prestar atenção a elas e a sua representação gráfica.
ExcluirConsegue pensar numa situação com as crianças de reflexão sobre a notação escrita, a partir da onomatopeia?
Pense!
01.10.2018.2 EDCB85.JMMAT
ResponderExcluirTambém gosto muito da onomatopeia e é curioso como utilizamos no dia a dia sem saber que é onomatopeia.Uma palavra que vem do grego,que significa "ato de fazer palavras","produzir palavras",que tenta imitar sons do cotidiano,como por exemplo barulhos de animais.A onomatopeia é usada como efeito sonoro,que aumenta a expressividade da fala.É excelente veículo de mensagem,principalmente em textos infantis,que aparecem frequentemente em livros para crianças e em poesias.Embora a onomatopeia não se refere a nada de concreto,consegue conectar o psicológico e o emocional com a situação.
Julia...
ExcluirE sobre a onomatopeia na alfabetização, o que você poderia dizer?
Vamos incrementar esse comentário?
ResponderExcluirPró, que leitura gostosa! Na medida que fui lendo, fui correlacionando com o meu dia-a-dia e percebendo o quanto é fantástico para nós e para as crianças o uso das onomatopeias durante o conto e/ou reconto das histórias... Fan-tás-ti-co! O uso dos vocábulos para representar um som, é de fundamental importância no processo de alfabetização, já que, as crianças partem sempre da linguagem oral para a linguagem escrita.
EDCB85 2018.2 – DANIELE LIMA DE AMORIM
Que bom que gostou, Daniele!
ExcluirPor não ter exatamente um referente, sendo uma palavra que significa só o som de algo, chama a atenção para essa dimensão sonora da língua...e da escrita quando essas "palavras especiais" são grafadas. E as crianças pequenas adoram!
Oi Lica!
ResponderExcluirMuito maravilhoso tudo que você escreveu. Adorei esse marcador de Literatura e Alfabetização, achei muto interessante tudo o que fala sobre as onomatopeias, pois o som chama muito a atenção das crianças e é muito positivo na dimensão sonora da língua.
Fica muito legal na contagem de história pois traz uma representação da história para as crianças.
Muito bom.
ANTONIA FEIERABEND CALLAS - EDCB85 2018.2
Isso, Antônia!
ExcluirA beleza é essa: a matéria prima da poesia, da literatura pode ser também matéria prima da alfabetização. É só não matar a literatura, e sim tomá-la como contexto e as reflexões linguísticas se darem na continuidade das práticas lúdicas e letradas.
Pró, muito bacana essas dicas. A cada parágrafo eu ia pensando em como será bacana fazer isso la na escola com as crianças. Imaginei suas reações e descobertas. Tudo com histórias se torna mais atrativo la na sala, eles amam e todos os dias contamos pelo menos uma. Será muito proveitoso! Obrigada!!!
ResponderExcluirValéria Benedicto - EDCB85-NOTURNO-2019.1
Por isso insisti tanto em vocês virem ler as postagens do blog!!!
ExcluirFernanda Oliveira Ribeiro
ResponderExcluirEDCB85 - 2019.2 - DIURNO
Oi pró! Hoje busquei aqui no blog algum post que se relacionasse com as onomatopeias!
Na quarta-feira me lembrei que na educação infantil e início de alfabetização minhas professoras faziam muitas atividades de onomatopeias.
Além de ser muito divertidas tanto de ensinar quanto de aprender e brincar percebo que foi de enorme importância para meu processo de alfabetização.
Percebo que poder ver em livros a sistematização do som de um gatinho, de um relógio, de um barulho me ajudaram muito a poder reconhecer letras, sílabas e a minha consciência fonêmica e grafêmica!
Percebia que a leitura da junção das letras "T+R+I+M" emitiam o som do despertador, e assim pude começar a fazer a relação das letras, palavras e sons ao meu cotidiano!
Adorei a postagem pró!
Beijinhos!!
Oi, Fernanda, as onomatopeias são óóóótimas para a alfabetização. É puro deleite sonoro, chama a atenção para isso, para o significante sonoro, de forma divertida e contextualizada.
ExcluirNunca havia parado para refletir sobre a importância das onomatopeias no processo de alfabetização e nem como as crianças fazem a relação entre os sons, as figuras e as palavras. Contudo, após entrar em contato com os livros e materiais sobre as onomatopeias comecei a refletir sobre como poderia trabalhar esse tipo de material e tentar identificar de que forma as onomatopeias já estão presentes em sala de aula desde a Educação Infantil e como as crianças interagem com elas. Tive a oportunidade de estar em sala de aula com crianças em vários grupos da Educação Infantil e pude perceber o quanto as onomatopeias são apreciadas pelos pequenos, já que ao entrar em contato com as onomatopeias nos livros muitas crianças, mesmo não sabendo ler ainda, conseguem perceber e estabelecer relação entre o som e palavra escrita ao observarem as imagens, pois ao observarem nas páginas a figura de um leão rugindo conseguem identificar que o conjunto de letras, que ainda não conseguem decodificar, saindo da boca do leão remete ao som que o Leão faz ao rugir e assim elas fazem a leitura contextualizada do livro sem ainda iniciarem um processo formal de alfabetização, mas em um processo rico de letramento. Estou encantada com essas descobertas.
ResponderExcluirDanielle Queirós
EDCB85 - 2019.2 - Diurno
Oi, Danielle!
ExcluirQue ótima descoberta você fez! De fato, as onomatopeias encantam os pequenos e são ótimas para refletir sobre a dimensão sonora da língua.
Sou apaixonada...e vi meu pequeno se encantar com elas e indagar sobre os sons das letras, assim, para poder ler as onomatopeias que já sabia pronunciar.
O primeiro contato das crianças com a linguagem é via seu estrato sonoro - já pensou nisso? Ainda bebê, ouve a língua materna na conversação cotidiana, na fala terna de suas pais, nos acalantos e brincos que os embalam e fazem começar a brincar com o corpo e a linguagem - tudo isso é estar mergulhado nas sonoridades de nossa língua. E as onomatopeias têm isso de continuar a ser só som...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Lica! Vou trabalhar com minha turminha essa tema , gostaria de obter o joguinho que vc fez, poderia me enviar? Meu e-mail anadefatimab@gmail.com
ResponderExcluirAgradecida
Olá, Ana, não o tenho disponível para envio. Mas não é difícil de fazer!!!
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