Finalmente volto timidamente a postar umas coisinhas por
aqui. Andei muito ocupada, mas vamos lá, retomando, aos poucos. Quero voltar os posts dando
uma dica de livros e, ao mesmo tempo, oferecendo outra sobre o trabalho da, com
e sobre a linguagem.Trata-se de uma coleção de três livros, de autoria de
Renata Bueno, com ilustrações de Sinval Medina, da Editora do Brasil. A coleção
chama-se “Não é a mesma coisa?”, e os três livros são Tubarão toca tuba, Manga
madura não se costura e Cachorro tem dia de cão.
Podem ver sobre a coleção no site da autora, aqui.
São livros que propõem jogos de linguagem que desemboloram as
palavras, brincando com elas, vendo-as de jeitos diferentes. Como diz a própria
autora: A coleção “brinca com as palavras e expressões combinadas e
reconstruídas, mostrando outras formas de ver, perceber e sentir o universo de
nossa língua”.
Brincando com a língua, os três livros trazem breves textos
poéticos que brincam ora com a ordem das palavras, ora com sua composição por
outras palavras, ora com os significados diferentes de uma mesma palavra.
Favorecem, assim, uma rica reflexão sobre a língua, ao mesmo tempo em que
oferecem a poesia da linguagem.
O livro TUBARÃO TOCA TUBA
traz palavras dentro de uma palavra, ou palavras formadas por duas outras, como
a palavra “soldado”, que é formada pelas palavras “sol” e “dado”. Nem sempre se
trata de dois substantivos, então podemos encontrar coisas interessantes como
“uma claraboia” e “a clara boia”.
Por vezes é assim, essa justaposição “sol” + “dado”, por outras um
encaixe, como “tuba” e “barão”, em “tubarão”, um verdadeiro mot-valise. Tem também o brincar pareado
com a decomposição de palavras compostas, como “guarda” e “chuva” em “guarda-chuva”
e, ainda, outros modos de associação, como a de palavras como “palhaço”, na
qual ressoa a expressão “palha de aço”.
Além de brincar com a decomposição das palavras - que envolve a consciência lexical e, por vezes, fonológica -, ser,
em si mesmo, muito interessante para a reflexão dos que se iniciam na
alfabetização, o livro traz textos poéticos que brotam dessas brincadeiras,
geralmente pareando as duas ideias – ou seja, no exemplo do soldado, traz o soldado, por um lado, e o dado e
o sol, por outro. Histórias também podem brotar!
Esse tipo de procedimento de linguagem está presente também em
outros livros. Cito aqui o ACHEI! de Ângela Lago, que traz também brincadeiras
de esconde-esconde das palavras dentro de outras, além de outras descobertas
trocando letras de lugar! Brinca com coisas assim: “Boia, jiboia! Quero ver
quem acha joia”, “Briga de lombriga me dá dor de barriga”... Aí, muitos outros recursos poéticos e linguísticos se escondem e se acham nas brincadeiras, muito produtivas para a reflexão na alfabetização.
Ao falarmos desse procedimento de encontrar palavras dentro de
palavras, vale lembrar aqui dos jogos de linguagem do TRILHAS e do PNAIC, que
trazem esse tipo de proposta. São dois jogos semelhantes nesse sentido, o Nomes Escondidos e o Palavra Dentro de Palavra. Em ambos trata-se de parear cartas em que há uma palavra dentro da outra... Trata-se de um desafio de consciência lexical e também fonológica.
No jogo do PNAIC aparecem figuras com as palavras correspondentes escritas (ex. Luva), e outra carta, que é par desta, apenas com a figura (ex. uva), que está dentro da outra. Nesse caso, o jogo favorece a reflexão fonológica tanto em presença da escrita (a palavra completa, onde você deve encontrar a palavra inserida), quanto em ausência da escrita (dá para fazer apenas referindo-se ao significante sonoro de ambas). No caso de LUVA e UVA, por exemplo, temos o foco na unidade rima e temos também, de outro ponto de vista, a unidade fonêmica, o /l/, que transforma tudo! Na Galinha/linha, é a sílaba GA que muda a palavras. Não é interessante? Várias unidades fonológicas em foco, seja oralmente seja analisando a grafia.
No jogo do Trilhas, por sua vez, as duas cartas contêm a
palavra escrita. Ex. Uma carta tem a figura de um fivela, acompanhada da
palavra escrita, e a outra a figura de uma vela, também acompanhada da escrita da palavra.
Note-se que o mesmo tipo de jogo pode ser jogado sem as
palavras escritas, apenas com as figuras, em um desafio fonológico sem presença
da escrita. Todas essas possibilidades são interessantes e favorecem a reflexão
fonológica, a atenção à dimensão sonora da língua - importante para a
alfabetização.
Vale fazer aqui uma digressão para lembrar que essa coisa de
palavra dentro de palavra ou pedaço de palavra dentro de palavra nos remete a
um procedimento que esteve bem presente também na história da escrita, com o REBUS,
que unia pictografia com informação fonológica. Trata-se de um procedimento
usado inicialmente pelos sumérios e logo pelos egípcios, na passagem da escrita
pictográfica e ideográfica para a fonética.
A escrita cuneiforme suméria e a escrita hieroglífica dos
egípcios, que usavam inicialmente pictogramas para representar objetos
concretos através de sua imagem, num certo momento da história, passaram a utilizar
signos para representar ideias abstratas. Como não era possível representar
ideias abstratas com pictogramas, pela própria natureza desse tipo de signo, para
fazer isso, essas escritas passaram a empregar duas estratégias, basicamente.
Inicialmente os signos pictográficos que eram usados para designar
coisas concretas, como ovo e pássaro, usados juntos, lado a lado, passaram a
significar fecundidade, já com algum grau de convenção.
Os símbolos passaram, depois, a corresponder aos sons das palavras
da língua falada. Essa outra estratégia era, então, o REBUS.
O princípio do rebus consistia em decompor as
palavras em sons e representar cada som por uma imagem. Como diz o professor Claudemir Belintane, se por
um lado o rebus é composto de imagens, por outro, ele se dá a ler como som, ele
se compõe de sinais com valores fonéticos usados juntos
para formar uma nova palavra. Um pictograma designava, assim, não mais o objeto
por ele representado, mas outro objeto cujo nome ou partes dele lhe era
foneticamente semelhante.
O melhor exemplo que pode ser
dado é, justamente, o da palavra “soldado”, que poderia ser representada da
seguinte maneira:
A palavra aí não tem nada a ver com a imagem do sol e do dado (como no pictograma), e tampouco tem a ver
com a ideia de sol e dado (como no
ideograma). A palavra faz uso apenas da mesma sequência sonora que aparece nas palavras “sol” e “dado”. Ao
dissociar o som e o significado das palavras de origem – o que constitui o
princípio básico dos sistemas fonéticos, quer silábicos quer alfabéticos – o
rebus, embora se constitua como uma escrita icônica, não é pictográfica nem
ideográfica, mas fonográfica. É uma espécie de pictograma em que o signo representa
o som, como se fosse um fonograma.
Assim, embora não seja ainda um sistema fonográfico que
associa signos arbitrários a fonemas, é fonético, usa ícones de objetos que
existem no mundo (pictogramas) não por seus valores semânticos, mas para evocar
o nome, o significante, a pauta sonora de uma terceira palavra.
No caso do exemplo com “soldado”, usou-se as palavras
inteiras, mas o rebus pode ser formado também da pauta sonora de partes de
outras palavras representadas iconicamente. Digamos que pudéssemos escrever
chuva juntando CHU de “chupeta” e VA de “vaso”:
O rebus foi, ao longo da história, aos poucos
dando lugar a uma escrita mais analítica, até os sistemas convencionais e
fonéticos – sejam silábicos ou alfabéticos. Entretanto, podemos notar que é um
recurso ainda usado em cartas enigmáticas, presente em jornais, livros de
crianças, revistas, como um passatempo. Muitas vezes, nessas cartas, já se usa
o princípio alfabético, pois as palavras são formadas somando-se ou
subtraindo-se letras da palavra original representada pela figura. Mas
encontramos também, algumas vezes, o recurso do rebus nesse contexto.
E mais, o princípio do rebus é muito interessante para pensar sobre a língua, em suas composições e recomposições de palavras e partes de palavras, e brincar com a linguagem, aprendendo mais e mais sobre ela. Um recurso interessante para a alfabetização, como ressalta Belintane.
Bom, gente, feita essa digressão na história,
que serve para nos lembrar que brincar de decompor e recompor palavras é um
recurso que, com o uso de imagens, está na longa história da nossa escrita,
voltemos aos livros da coleção “Não é a mesma coisa?”. Mas agora já bem lembrados que sol + dado
pode não ser nem sol nem dado, mas soldado! Não é a mesma coisa!!!
Vamos, então ao outro livro da coleção.
No MANGA
MADURA NÃO SE COSTURA, a brincadeira é com a polissemia das palavras, os sentidos
diversos que uma mesma palavra pode ter, combinado e reconstruindo expressões, a partir da mistura desses diferentes significados: o próprio título já diz: "manga madura não se costura?", misturando manga de mangueira e manga de camisa... No geral, são palavras homônimas, que
se pronunciam e se escrevem do mesmo jeito, mas com sentidos diferentes, como
“macaco” que aparece como o mamífero primata e como ferramenta de consertar
pneu de carro, galo que canta e galo de pancada na cabeça...
A polissemia, que é a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados, é motor do dinamismo da língua permitindo que
uma mesma palavra possa assumir distintos significados, de acordo com o
contexto em que se encontra inserida. Se formos ao dicionário, verificamos que há
muitas e muitas palavras que são polissêmicas, mas algumas, em especial, têm
significados bem distintos, que se prestam bem ao brincar, à poesia... Vejam alguns exemplos usados no livro:
Por vezes as palavras têm mesmo, originalmente, significados
diferentes, por vezes têm significados denotativos, literais, e outros, figurados,
conotativos. E por vezes, essas conotações têm caminhos especiais de aparecer
na língua. A linguagem se oferta a invenções e criações diversas...e à brincadeira... E o poeta é o artesão que não apenas desembolora as palavras por usá-las de modo inusitado, como também joga, justamente, com essa multiplicidade de sentidos, fazendo disso matéria prima para suas criações. Inclusive as palavras emboloradas, metáforas gastas...
Assim, é interessante destacar que, muitas vezes, as
palavras têm um sentido que revela o uso de uma figura de linguagem chamada catacrese,
que é uma espécie de metáfora que se cristalizou pelo uso. Usamos, por exemplo,
"pé da mesa", “braço de mar”, “olho do furacão”, tomando de
empréstimo as palavras “pé”, “braço” e “olho”, usando-as fora do seu
sentido habitual. Muito frequentemente, essa transposição tem relação com uma
vaga semelhança entre um conceito e outro. A catacrese é uma espécie de metáfora esquecida... e o poeta a retoma para nos relembrar, nesse jogo de brincar com a polissemia das palavras.
Aliás, vou fazer um post sobre a catacrese em breve!
Bom, gente, o livro traz palavras homônimas brincando de polissemia, de catacrese, mas, além disso, podemos lembrar, igualmente, que brincar com palavras
homógrafas e homófonas também pode ser outra festa, não é?
E assim, vamos ao terceiro livro da coleção "Não é a mesma coisa". É o CACHORRO
TEM DIA DE CÃO. Neste, a brincadeira é com a ordem das palavras, criando expressões
inusitadas, malucas...
Esse livro é bem maluquinho! A autora brinca de inverter as frases e
criar situações engraçadas e inusitadas a partir disso. Na inversão, geralmente
desembolora termos e expressões comuns, como o comum pé de pato (olha aí o pé
de novo!!!), que vira pato de pé!!! Brincadeira que pode seguir com outros termos,
outros tantos textos que podem ser ciados, outras tantas brincadeiras que
podem ser inventadas!
Leite de vaca todo mundo toma, mas como será uma vaca de leite?
Mosca na sopa, ninguém quer, mas todo mundo sabe o que é. Mas como será a sopa
na mosca?
Sem esquecer que para cada brincadeira dessa, nasce um textinho
poético, que faz toda a graça na brincadeira, dando corpo a ela.
Como diz o título da coleção, “Não é a mesma coisa”, de fato...
aqui, ali e acolá, todas essas transformações que torcem as palavras, dão
polimentos a elas, estica-as, apresentam outra coisa, não a mesma – são palavras
e expressões de cara nova!
Isso tudo para mostrar que por trás de livros singelos de poesia e
de jogos de linguagem, há muitas coisas riquíssimas da língua a aprender, a
observar, a explorar. Não para ensinar sistematicamente esses recursos às
crianças, mas para brincar com eles de um modo mais ampliado e diversificado.
Confundir e desconfundir palavras que têm mais de um significado apesar de
iguais, desmontar palavras, sua composição, e brincar de inverter a ordem das
palavras em expressões pode ser muito engraçado e divertido... é isso que a Coleção “Não é a
mesma coisa?” propõe.
E com esse último livro, deixo o convite:
Lica
BELINTANE, Claudemir. "Matrizes e Matizes do oral". Revista Doxa – Revista Paulista de Psicologia e Educação, Vol 9: Araquara: SP, 2005 (pp.23-45).
BELINTANE, Claudemir. Abordagem da oralidade e da escrita na escola a partir da tessitura interdisciplinar entre a psicanálise e a lingüística. In Proceedings of the 6th Psicanálise, Educação e Transmissão, 2006 [online].
Excelente!!! Amei as sugestões e já aceitei o convite para a deliciosa brincadeira!!!
ResponderExcluirExcelente!!! Amei as sugestões e já aceitei o convite para a deliciosa brincadeira!!!
ResponderExcluirQue bom, Vera!!!
ResponderExcluirFico feliz de tê-la por perto.
Beijos,
Lica
Que maravilha! Adorei as sugestões dos livros. Como nossa língua é interessante e trabalhar de forma lúdica com esses textos é proporcionar alegria para nossas crianças. Obrigada pelos conhecimentos, Lica!
ResponderExcluir"O livro dos chás" dela é muito legal.
ResponderExcluirAprender pela via da brincadeira é tudo! É vida potente, mais do que mero recurso motivador!
ResponderExcluirEstou cada vez mais convencida disso!
BJos
Lica
affff...amei!!!ser mãe não é fácil...e suas dicas são perfeitas para o acompanhamento em casa!!!
ResponderExcluirQue bom, Ana! Faça bom proveito!
ResponderExcluirAbraço,
Lica
Idéias como estas devem ser preservadas. Toda brincadeira e válida,mas brincar com as palavras e interessante. Com JOSEMAR podemos brincar com as palavra Jose/Mar/Ema/Ar
ResponderExcluirProfessora Liane esse comentário e do aluno Josemar Muniz muito obrigado e porque eu usei a conta de Madeleine
ResponderExcluirHahahaha, adorei você brincando com as palavras dentro do seu nome, Josemar!!!
ResponderExcluirMas veja que, indo além da recomposição de sílabas nessa proposta de palavra dentro do nome, e embaralhando as letras, podemos achar ainda outras palavras dentro do seu nome: rema, Roma, amor, raso, maré, soar, soja, rosa...e com certeza, muitas outras!
o nome dá muitas brincadeiras, de fato!
OLha, se quiser comentar você mesmo, basta clicar em "comentar como" e selecionar o perfil "Anônimo" - assim você não depende da conta de outra pessoa, viu?
Só precisa lembrar de se identificar...
Abraço,
Liane
Excelente ideia! Inclusive já costumo realizar tarefas desse tipo. Brincar com as palavras é muito interessante e estimula os alunos deixando mais estimulados a aprender. Rosania Muniz Jeremoabo
ResponderExcluirCom certeza, Rosânia!
ResponderExcluirMas além de favorecerem o engajamento das crianças pelo o prazer de brincar, além do interesse dessas situações por favorecerem a motivação para a aprendizagem, elas são também muito produtivas para a reflexão sobre as palavras, sobre o sistema de notação alfabética.
Que bo mque podemos unir o útil ao agradável, como se diz, não é?
Abç
Liane
Muito interessante, brincando com as palavras, transmitindo o conteúdo através do brincar didatizado e de uma forma prazerosa. Métodos que concretiza a aprendizagem do educando.Muito bom, maravilhoso trabalhar assim, gostei muito das dicas professora Liane. Bjs, sua aluna: Eliene
ExcluirQue bom, Eliene!
ExcluirFaça bom proveito!
A função pedagógica e a função lúdica não precisam se opor!
É isso mesmo!
Abraços,
Liane
Eliene... alunas eu tenho muitas...inclusive Elienes...
ResponderExcluir...preciso saber se é de jeremoabo, tá?
Liane
Sim sou Eliene de Jeremoabo
ExcluirO comentário acima foi meu,Eliene de Jeremoabo
ExcluirMuito interessante é a forma em que estas obras brincam com a língua, demonstrando a pluralidade infinita da linguagem a partir dos rebus e de outras formas de expressão que exploram a grafia, o símbolo e o som.
ResponderExcluirNo processo educacional, vale de tudo para tornar mais rica a assimilação de saberes. A utilização das ferramentas pedagógicas possibilitadas por esta obra deve ser estudada por todo e qualquer profissional de educação.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: EDCB85 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
ESTUDANTE: SANDRA MACHADO DA SILVA
PROFESSORA: LIANE CASTRO DE ARAÚJO
TURNO: MATUTINO
Esta, assim como várias obra da autora, bem como a de muitos outros, brincam com a linguagem, justamente porque a linguagem se oferta à brincadeira constantemente...e a literatura é arte da palavra... Como a alfabetização se furtaria de passear por esses textos e belezas que une o prazer o texto ao aprendizado da língua escrita, não é?
ExcluirAluna: Verônica Maria da Silva Magalhães
ResponderExcluirDisciplina: EDCB-85 – Alfabetização e letramento
Interessantíssima a dica da coleção “Não é a mesma coisa?” bem como os três livros (Tubarão toca tuba?, Manga madura não se costura? e Cachorro tem dia de cão?) da autora Renata Bueno. A proposta que a autora apresenta é primordial para a compreensão das crianças que estão iniciando na alfabetização. A ilustração das capas dos livros são divertidas e com certeza chamativas para os olhos das crianças.
Oi, Verônica...fiquei curiosa de saber mais sobre suas impressões quanto a esses livros na alfabetização...
ExcluirAs dicas de livros e vê-los em sala de aula, aumentou minha curiosidade e estão me ajudando aumentar meu repertório de histórias infantis, que tanto podem ajudar na alfabetização na contação e (re)contação de histórias feitas pelas próprias criancas. Interessante como as obras brincam com o imaginário das crianças o que possibilita ao educador a criatividade de sua prática.
ResponderExcluirAline Ferreira Suzart - EDCB85
Isso, a leitura, os livros, tanto contemplam a formação do imaginário, do sujeito, do leitor, quanto podem, em sua capacidade de brincar com a linguagem, contemplar a alfabetização propriamente dita, que vai garantir a leitura autônoma.
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