terça-feira, 11 de julho de 2017
Terceira provocação sobre o abecê nordestino
Para
quem segue achando que fê, guê, ji, lê, mê, nê, rê, si são sons e não nomes das
letras (outros nomes) lembro que essas formas são lexicalizadas, registradas em
dicionário (Houaiss, Aurélio e outros).
Não
aparecem (salvo uma delas) assim nomeadas no Novo Acordo Ortográfico
(1990/2009), mas este indica a possibilidade de outras designações, após a
apresentação do alfabeto convencional: “os nomes das letras acima sugeridos não
excluem outras formas de as designar”.
Ah, mas
o nosso guê, ah esse, sim, tem reconhecimento oficial, e não é de hoje! Consta
lá no Acordo gê ou guê, podem conferir! Também em Portugal há certa alternância
na nomeação da letra G (você leu gê ou guê aqui?), não há consenso, e há referências
a essa questão bem antes de o Acordo a oficializar.
E para
isso tudo há um motivo, uma história, que tem, justamente, a ver com o duplo
valor sonoro que a letra pode ter no sistema, e com o uso do G, inicialmente,
apenas com valor oclusivo, como em gato, gota, gula.
Então,
sim, o som das letras guiam, também, historicamente, os seus nomes...Desde o
início da história do alfabeto, como veremos em breve. Mas são nomes, não sons!
Aguardem!
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